Sim! Isso mesmo! Selvageria esta que antes era
cultuada apenas entre os becos dos centros das grandes cidades, e nos desumanos
presídios de nossa contraditória sociedade, a partir deste instante alça voos
mais altos, e demonstra por A+B que, pelo menos aqui, de futebol arte não temos
absolutamente nada vezes nada.
A certeza destas brutalizadas palavras reside no
comportamento imaturo, violento, e, porque não dizer, criminoso de uma imensa
parcela de ignorantes, e avessos torcedores do futebol, que em nome de um amor
doentio acabaram por sentenciar a morte o que foi um dia nossa principal paixão
nacional.
Digo isto, pois não vejo como minimizar uma situação
que por si só já pintou, a olhos nus, um declinado quadro contornado, desde já,
pelo inocente sangue de quem apenas tinha em mente contemplar a bela paisagem
do verde campo dos nossos gramados.
É ferozmente absurda a ideia de ser obrigado, de
agora em diante, reconhecer que todo o impetuoso discurso de ser a nação do
futebol não passou foi mesmo de uma anedota muito mal contada, por quem nem, se
quer, tinha um minúsculo bom humor.
Sem falar, que episódios bárbaros desta natureza
acabam por demonstrar ainda mais o quão estão fragilizadas as nuances de nosso
sempre desmoralizado sistema nacional.
Ou você acha mesmo que estamos preparados para
convivermos com a civilidade nata de quem realmente respeita os valores do seu
próximo?! Será que temos realmente condições psicológicas de discernir o certo
do errado?!
Longe de baixar a bola de quem ainda acredita neste
“país das maravilhas”, a grande verdade é que estamos bem longe de qualquer
evolução humana, e tentar ocultar esta máxima com o gingado da bonita mulata
não diminui em nada a rispidez de nossas almas.
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