quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Traição teleguiada

Inverter os valores e subjugar a nossa preciosa inteligência parece ser o trabalho primordial daqueles que por amor a audiência são capazes de transformar o proibido em liberado.


Atualmente estamos tão presos aos folhetins com suas histórias fictícias que nem nos damos conta que no meio de toda esta teia de ilusões, acabamos nos prendendo sem perceber, a uma falsa realidade que só idealizada graças à desgraça de quem já passou na pele por tal dor.

Divertir um público tendo na manga sentimentos e situações que só fazem nos ferir em nosso real cotidiano é o mesmo que colaborar sem nenhum peso na consciência para a banalização de atitudes quem nem em nossos piores pesadelos gostaríamos de viver.

Como é possível achar engraçado que após anos de lutas, anos de sofrimentos e de dor, hoje a imagem de uma mulher seja apenas vista por outras mulheres como um ser que só precisa mesmo é satisfazer os desejos de um homem?! E o que é pior: força-nos a acreditar que este tipo de humilhação não constrange nossas convicções.

Longe de eu ser a dona da verdade, mas se compactuar com o ato da traição for sinônimo de final feliz eu prefiro me abster do desenrolar deste tipo de folhetim.

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