terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Inshalá de Novo

Já diz o dito popular que é muito mais fácil jogar a pedra e esconder a mão do que assumir a sua própria culpa no cartório.


E talvez seja seguindo esta preguiçosa linha de raciocínio, que a veterana autora de novelas Gloria Perez esteja pensando quando tenta encontrar justificativas plausíveis para a mesmice de suas tramas.


Afirmo isso, pois não considero justo apontar supostos culpados pela falta de ibope, e o que é pior: pela incapacidade de criação e desenvolvimento nos seus sucessivos, e porque não dizer repetitivos folhetins.

Não é inteligente pensar que em time que está ganhando não se mexe; ainda mais se a partida em questão tem por objetivo entreter e não subjugar a capacidade de entendimento de quem observa atentamente o que acontece dentro do picadeiro.

Tentar clonar mais uma vez o Marrocos com pitadas da Índia não vai disfarçar de nenhuma maneira o cansaço de ver nas vistas uma Turquia descontruída de sua própria identidade cultural.
 
 

Personificar uma figura é atribuir características próprias, levando em consideração toda uma contextualidade. É entender que costumes e tradições devem ser respeitados. Mascará-los ao seu bel prazer não é garantia de sucesso e, tão pouco pode ser eximido de seu próprio fracasso.
 
 
 

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