E talvez seja seguindo esta preguiçosa linha de raciocínio, que a veterana autora de novelas Gloria Perez esteja pensando quando tenta encontrar justificativas plausíveis para a mesmice de suas tramas.
Afirmo isso, pois não considero justo
apontar supostos culpados pela falta de ibope, e o que é pior: pela incapacidade
de criação e desenvolvimento nos seus sucessivos, e porque não dizer repetitivos
folhetins.
Não é inteligente pensar que em time
que está ganhando não se mexe; ainda mais se a partida em questão tem por
objetivo entreter e não subjugar a capacidade de entendimento de quem observa
atentamente o que acontece dentro do picadeiro.
Tentar clonar mais uma vez o Marrocos
com pitadas da Índia não vai disfarçar de nenhuma maneira o cansaço de ver nas
vistas uma Turquia descontruída de sua própria identidade cultural.
Personificar uma figura é atribuir características
próprias, levando em consideração toda uma contextualidade. É entender que
costumes e tradições devem ser respeitados. Mascará-los ao seu bel prazer não é
garantia de sucesso e, tão pouco pode ser eximido de seu próprio fracasso.
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