Como exaltar quatrocentos anos de fundação se sua
evolução parece ter parado no tempo e no espaço?! Digo isso, pois para mim
deixa muito a desejar uma “grande cidade” como a nossa, que insiste em crescer
em povoamento, ainda assim, segue atrofiando em seu próprio desenvolvimento.
De que nos adianta o comprimento e a vasta largura
de ruas e avenidas tão perfeitamente desenhadas se nem sabemos para onde
irmos?! Se nem sabemos a quem obedecermos quando finalmente o sinal fechar?!
Não é digno insultar apenas quem governa o veículo
desgovernado, quando na verdade todos nós somos agentes tão ativos quanto os
supostos culpados das ações.
Longe de tentar defender quem por pura
irresponsabilidade teve a ousadia e a insensatez de matar quem se quer pôde se
defender, a grande verdade é que neste ato (e em outros que já se consumaram ao
longo deste ano), é criminoso tão quanto o condutor quem também não zela pelo
asfaltamento das ruas, quem credencia supostos motoristas nesta louca selva de
pedra, quem colabora com a propina de “agentes da lei” que nem se quer
respeitam a própria lei.
É preciso entender que estamos todos juntos no mesmo
tráfego, e apontar mocinhos e bandidos neste doloroso duelo de vidas não irá
alterar em nada a nossa responsabilidade diante dos fatos.
E viva a imprudência!
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