terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Velocidade Máxima

É incongruente pensar que em uma cidade que possui mais de um milhão de habitantes, e que se orgulha do falso título de metrópole, situações que afetariam tão somente espaços muito pequenos sejam ainda os mesmos que ditam as velhas e ultrapassadas regras da sociedade.


Como exaltar quatrocentos anos de fundação se sua evolução parece ter parado no tempo e no espaço?! Digo isso, pois para mim deixa muito a desejar uma “grande cidade” como a nossa, que insiste em crescer em povoamento, ainda assim, segue atrofiando em seu próprio desenvolvimento.

De que nos adianta o comprimento e a vasta largura de ruas e avenidas tão perfeitamente desenhadas se nem sabemos para onde irmos?! Se nem sabemos a quem obedecermos quando finalmente o sinal fechar?!

Não é digno insultar apenas quem governa o veículo desgovernado, quando na verdade todos nós somos agentes tão ativos quanto os supostos culpados das ações.

Longe de tentar defender quem por pura irresponsabilidade teve a ousadia e a insensatez de matar quem se quer pôde se defender, a grande verdade é que neste ato (e em outros que já se consumaram ao longo deste ano), é criminoso tão quanto o condutor quem também não zela pelo asfaltamento das ruas, quem credencia supostos motoristas nesta louca selva de pedra, quem colabora com a propina de “agentes da lei” que nem se quer respeitam a própria lei.

É preciso entender que estamos todos juntos no mesmo tráfego, e apontar mocinhos e bandidos neste doloroso duelo de vidas não irá alterar em nada a nossa responsabilidade diante dos fatos.

E viva a imprudência!


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