Sem dúvida alguma uma prova de amor é algo que, de
fato, toca o íntimo de minha simplória alma; e não há nada mais profundo, e
verdadeiro do que assistir o desenrolar das ações de quem se permite viver
enamorado de outro alguém.
No entanto, contrariando qualquer afirmação de que
na arte do amor e da guerra tudo vale, sinto informar que discordo, e não vejo
com bons olhos, atitudes de quem com uma mão afaga um coração, e com a outra
menospreza seja qual for a emoção.
A certeza da poética afirmação contempla-se hoje, tristemente,
no ato marginal de um homem, que em nome de sua amada ignorância se pôs a
degradar a perspicácia do ainda autêntico nobre afeto.
Quem é ele, e o que ele pensa que é para menosprezar
a imagem de um dos mais importantes poetas de nossa história tupiniquim?! E não
digo apenas isto baseado em sua vasta literatura, e sim na expressividade de
sua tocante obra, que desde sempre demonstrou as reflexivas nuances do ser
humano.
É absurdo, e completamente sem nexo tentar justificar
os atos de sua má índole, levando tão somente em consideração o desejo de
expressar, aos quatro ventos, um amor tão avesso quanto a sua própria torta
conduta.
Sem falar que comportamentos desta natureza acabam
por aguçar ainda mais a nociva inspiração de quem apoia, sem escrúpulos, a
criminosa arte de pichar.
Longe de tentar condenar o afeto entre dois amantes,
a grande verdade é que paixão não se demonstra; se sente, e tentar usurpar esta
máxima não te garante um final feliz, mas demonstra sem perceber sua
incapacidade de saber respeitar o que é amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário