terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Amor, Meu Burro Amor

Sem dúvida alguma uma prova de amor é algo que, de fato, toca o íntimo de minha simplória alma; e não há nada mais profundo, e verdadeiro do que assistir o desenrolar das ações de quem se permite viver enamorado de outro alguém.


No entanto, contrariando qualquer afirmação de que na arte do amor e da guerra tudo vale, sinto informar que discordo, e não vejo com bons olhos, atitudes de quem com uma mão afaga um coração, e com a outra menospreza seja qual for a emoção.


A certeza da poética afirmação contempla-se hoje, tristemente, no ato marginal de um homem, que em nome de sua amada ignorância se pôs a degradar a perspicácia do ainda autêntico nobre afeto.


Quem é ele, e o que ele pensa que é para menosprezar a imagem de um dos mais importantes poetas de nossa história tupiniquim?! E não digo apenas isto baseado em sua vasta literatura, e sim na expressividade de sua tocante obra, que desde sempre demonstrou as reflexivas nuances do ser humano.


É absurdo, e completamente sem nexo tentar justificar os atos de sua má índole, levando tão somente em consideração o desejo de expressar, aos quatro ventos, um amor tão avesso quanto a sua própria torta conduta.


Sem falar que comportamentos desta natureza acabam por aguçar ainda mais a nociva inspiração de quem apoia, sem escrúpulos, a criminosa arte de pichar.


Longe de tentar condenar o afeto entre dois amantes, a grande verdade é que paixão não se demonstra; se sente, e tentar usurpar esta máxima não te garante um final feliz, mas demonstra sem perceber sua incapacidade de saber respeitar o que é amar.


E viva a melancolia do poeta! L



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