Em toda a história de nosso atípico país, em momento
algum, um insulto foi tão bem vindo como as declarações, agora, esbravejadas,
mais uma vez, em alto e bom som, pelo mais que “respeitado” senhor do futebol
mundial.
Sim caros leitores! É que em meio a tanta desordem
social, e mazelas de toda a natureza nos afligindo, hora em hora, sermos considerados
incompetentes apenas no quesito bola no campo torna-se até uma agradável música
para os nossos sempre estuprados ouvidos.
Não que eu veja como orgulho nacional desaforos
desta natureza; mas, o que é uma mísera xícara de café pequeno frente a um
infinito mundaréu de problemáticos cafeeiros?!
Quisera mesmo que a nossa infelicidade fosse apenas
a corriqueiros atrasos de nossas obras faraônicas. Quisera que a nossa
incapacidade fosse apenas a tal nível. Que este fosse o nosso único e maior
problema. Com certeza seríamos, de fato, um povo feliz.
No entanto, torna-se tão absurdo quanto apático dar
vazão, neste momento em que somos rendidos diariamente por forças meliantes de
esferas ilegais, ou não, aos “mimimi” de quem nem se quer sabe onde está
pisando.
Pior que perder a credibilidade de um torneio já
manchado por sua falta de organização é ter que perder a vida em meio ao jogo
de nossa própria existência.
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