segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um novo Milk no poder

Segundo a nossa Constituição somos todos iguais perante a lei. Se esta premissa é puramente verdadeira, nestas eleições o brasileiro vai ter a oportunidade de confirmar tal pensamento na hora de decidir quem o governará durante quatro anos, independente de como este candidato leve a sua vida íntima.
Longe de levantar qualquer bandeira, a grande verdade é que felizmente estamos enfim agora conseguindo interpretar de fato a nossa igualdade de posições. Sim! Somos agora todos iguais; e mesmo que tenhamos orientações sexuais diferentes desejamos igualmente (quando votamos com consciência) um lugar digno para viver.
Lutar por nossos direitos não é apenas um privilégio dos Lula’s e Dilma’s multiplicados por aí. Está mais do que na hora de darmos a vez e voz da igualdade para que novos Milk’s (para quem não sabe Harvey Milk foi o primeiro gay a assumir na década de setenta um cargo político nos Estados Unidos) possam mostrar que têm tanta competência como qualquer outro candidato.
Nestas eleições vamos nos despir de velhos preconceitos, de termos ou argumentos pejorativos, e assimilar realmente o engajamento político “daquele” que pode vir a ser o seu “Salvador da Pátria”.

domingo, 29 de abril de 2012

Reviravolta na guerra dos sexos

Quem é mais esperto no jogo do amor? O homem ou a mulher? Esta é a indagação principal, e ponto de partida da deliciosa comédia romântica “Como Perder Um Homem em Dez Dias”, que traz além de boas gargalhadas, uma dose extra de reflexão sobre como nós (homens e mulheres) costumamos levar os nossos relacionamentos a dois.

Estrelado pela queridíssima Kate Hudson (que já mostrou seu potencial em longas como “Quase Famosos”, “A Chave Mestra” e “Um Presente Para Helen”), e pelo galã Matthew McConaughey (“Contato”, “A Mão do Diabo” e “Somos Marshall”), o filme narra à trajetória de união de um atípico casal, que decide ficar junto, por motivos bem diferentes num período de dez dias.

Enquanto Andie Anderson (Hudson), colunista da badalada revista “Composure”, concorda em escrever sobre o que leva um homem a cair fora de uma relação no período de dez dias, Benjamin Barry (McConaughey), um disputado solteirão de uma agência de publicidade, aposta que consegue fazer qualquer mulher se apaixonar por ele (e olhe só!) também em dez dias.

Sem que estejam sabendo as verdadeiras intenções um do outro, Andie e Ben criam personagens caricatos além dos seus já interpretados no filme; e inicialmente fingindo um falso interesse mútuo, o novo casal (que se conhece “por acaso” num bar) decide colocar em prática cada um à sua maneira aquilo que seria um plano infalível.

O resultado dessa desastrosa experiência (que traz na bagagem uma trilha sonora tão empolgante quanto o enredo) é uma colisão romântica, que acompanhada de sucessivas situações cômicas decepcionantes, acaba comprovando que, quando existe um sentimento totalmente verdadeiro, o coração “amolece” e não consegue enganar.

Com tantos ingredientes apimentados no decorrer desta história não se espante se esta guerra dos sexos te seduzir até o fim.

sábado, 28 de abril de 2012

Cota contraditória

Sempre levantei a bandeira da educação; acredito que nação alguma se sustentará se não apoiar os educadores e suas diretrizes. É a partir de uma boa base de estudo e com a manutenção de equipamentos adequados que conseguiremos eleger o nosso país a condição de potência.

No entanto, para que esta máxima aconteça é necessário que os nossos governantes tenham em mente que somos de fato todos iguais. Que independente da cor da nossa pele, de nosso sexo ou da nossa idade somos capazes de conquistar espaços, sem que precisemos passar pelo incômodo de nos sentirmos excluídos.

É revoltante ver que após anos e anos de lutas entre classes sociais, de abolições de povos; o Brasil, este país que foi criado a partir da mistura do negro, do índio e do branco, agora queira criar “cotas” para distinguir o seu próprio povo, para distinguir a sua própria cultura. Como se fosse possível separar um conjunto de miscigenação.
Tratar uma pessoa com diferença por conta de sua etnia é crime, e em se tratando de Brasil é no mínimo uma grande burrice. Digo isso, pois discordo gramaticalmente em gênero, número e grau dessa nova prática de estudo que já vem sendo vergonhosamente aplicada nas universidades de nosso país, da qual evidencia que milhões de negros, índios e seus respectivos descendentes sejam completamente incapazes de conquistar seu espaço no mundo acadêmico por seu próprio esforço.

No entanto, não só eles, como nós também seremos incapazes (pois também somos frutos deles!) se deixarmos que atitudes como essas possam a vir a fazer parte da construção da nossa história.
Não se engane! O sistema de cotas é o racismo mascarado, e apoiá-lo é atestar a nossa incapacidade de pensar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Batalhão de alegria

Se há uma coisa que o brasileiro gosta é de uma boa festa junina; e aqui no Maranhão não é diferente. Considerado um dos estados que possui uma das maiores manifestações populares deste gênero, o Maranhão se destaca por sua diversidade e pela beleza de suas brincadeiras.

Entre elas está o bumba meu boi que durante todo o mês de junho e julho atrai não somente os maranhenses, como também muitos turistas, que encantados por suas toadas, dançam e cantam até o amanhecer.
Nesse compasso simetricamente coreografado, histórias de antepassados de uma rica região do Nordeste são contadas ao som das matracas, de zabumbas, de orquestras e pandeirões; e acompanhadas de geração a geração que encantadas voltam a repetir a mesma lição.

Com seus adereços pesados e bem trabalhados, estes soldados do folclore se espalham em grupos por toda a cidade disseminando alegria e simpatia por onde passam.

E, é assim todo ano até a hora da morte do boi, que no ano que vem renasce para morrer novamente com orgulho nos arraias do Maranhão.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pobre que se exploda!

Sorrir! Existe coisa melhor do que dá uma boa gargalhada? Eu acho que não! Tem gente que nasce com este dom, e passa a vida inteira se dedicando a fazer os outros rirem. Exemplo disso foi o mestre Chico Anysio que em matéria de humor era imbatível.

Com personagens para lá de engraçados, Chico acabou se destacando por incorporar uma visão bem crítica de mundo; pois sem o menor pudor mexia na ferida da nossa sociedade.

Entre essas figuras algumas merecem ser lembradas por sua relevância frente à situação em que o país passava na época. Como o Professor Raimundo e seu pequeno salário que mostravam de cara a constante crise do sistema educacional; Pantaleão que com suas mentiras sempre queria levar vantagem em tudo (o nosso famoso jeitinho brasileiro).


Porém, entre tantos criados por ele, há de se evidenciar o incorrigível político Justo Veríssimo que com seu bordão “pobre que se exploda!” fez muita gente rolar no chão de tanto rir.

Engraçado não é?! Mas, onde está a graça? Se o pobre em questão é você?! Não há nada de engraçado em passar quatro anos sendo gerenciado por um político (seja qual for o seu sexo!) e não perceber nenhuma melhoria a seu favor. Nós vamos rir mesmo de que?

Qual a graça de “brincarem” com o seu voto? Não tem graça alguma! Voto é coisa séria! E tem que ser encarado como tal!

Não se esqueça de que é a partir do seu poder de decisão (o voto) que juntos vamos reconstruir o nosso espaço público. Nosso país, nosso estado, nossa cidade é uma extensão de nossa casa, e também deve ser bem cuidados. Preste atenção em que deve fazer parte deles!

Nestas eleições acompanhe os programas partidários, avalie cada candidato, e acima de tudo, fique atento para que não sejas vítima de um dos “Justus Veríssimos” espalhados por aí.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mundo paralelo

Que tal fechar os olhos e acordar do outro lado do mundo? Não seria incrível?! E o que dizer de participar das mais diversas aventuras com direito até a um coquetel de emoções numa questão de segundos? Impossível? Não mesmo!

Através das páginas dos livros o homem mostra que pode viver e reviver sensações a todo o momento. É por meio delas que justificamos os nossos sonhos, os nossos ideais; confrontamos os nossos medos e angústias; justificamos nossa fé, e até somos capazes de indagar quem somos e para onde vamos.

Sedutor como ele só mesmo sabe ser, este objeto quase tão antigo quanto o homem tem atravessado gerações a gerações, e encantado a todos com histórias que sendo verdadeiras ou não, são um estímulo à parte para quem as descobre.

Sempre dividindo opiniões, os livros aguçam mentes, criam revoluções e transformam os seres humanos para sempre.

Livros! Ah! Nada melhor que viajar nos seus enredos, nos seus mistérios, na incansável sabedoria das suas entrelinhas.

Através das folhas dos livros somos capazes de enxergar além de nós, conseguimos recriar novas possibilidades, e o que é melhor: enriquecemos às nossas vidas com conteúdo (seja ele qual for!).

terça-feira, 24 de abril de 2012

Palavras sepultadas

Na noite desta última segunda-feira mais um capítulo da história do livro da imprensa brasileira foi manchado de sangue. Foi de forma brutal que o jornalista e companheiro de blog, Décio Sá, deixou para sempre não só sua família, mais também todos aqueles que compartilhavam de suas ideias diariamente.

Este caso lamentável acaba abrindo espaço para debates acerca do valor do profissional da comunicação, e ainda, de como pouca coisa mudou na prática, no que diz respeito ao direito de divulgar e informar a realidade dos fatos.

É triste ter que admitir que um juramento feito com tanta convicção, seja por vezes, calado por pessoas que nem mesmo conhecem o valor das letras.

Não podemos ser inertes! Não podemos nos esquecer de que não vivemos mais em uma ditadura! É preciso desvencilhar de amarras!

Enfim, não encaremos a morte deste colega como um “sepultamento das palavras”, e sim como uma fonte de inspiração para outros novos formadores de opinião.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cidadão de nada

Num país como o Brasil onde o número de impostos cobrados é inversamente proporcional ao valor adquirido na folha de pagamento de um trabalhador assalariado, é inaceitável que prestações de serviços básicos, e garantidos por lei à população sejam negados.
Afinal, trabalhamos na perspectiva mesmo de suprir as necessidades de quem? Às nossas ou do sistema? Mas, se o sistema fomos nós mesmo que criamos a fim de resolver os nossos problemas mais complicados, por que será que não encontramos nele as nossas próprias soluções?
A verdade é que com todo o aparato e competência do sistema, o certo é que estamos mesmo é à beira de um colapso social, e nesse emaranhado somos todos a própria nadificação do ser.

Tornando o discurso mais visível e “vergonhosamente” até mais palpável peguemos como exemplo as seguintes perguntas: o que você faria se num momento de dor não tivesse uma equipe médica no único posto de saúde da sua comunidade? E se a única escola da sua cidade desabasse para desespero educacional do seu filho? E se numa situação de perigo a delegacia do seu bairro estivesse de portas fechadas na hora que você gritasse por socorro?!

Situações de calamidade como essas nos deixam apavorados só em imaginar; porém, ninguém está livre delas (nem eu mesma!), que neste último fim de semana após passar por um incômodo de ter perdido um dos meus documentos decidi ir registrar um boletim de ocorrência, que para minha surpresa não pode ser efetuado pois o distrito policial estava fechado! Isto mesmo! FE-CHA-DO em pleno sábado movimentado! Dá pra acreditar?!

Absurdos como esse não me revoltam só pelo meu caso em particular mais também por cada pessoa que luta tanto por uma melhoria e nada vê.

Agora eu te pergunto: de que vale ser um cidadão de bem e pagar os seus tributos em dia se nem o “básico do básico” não pode ser oferecido? De que adianta amar a bandeira, o dia da Pátria, o dia da Independência se ainda nos sentimos escravizados? Será que não precisamos repensar sobre o nosso valor como cidadão?

Enfim, será que vale ser um cidadão de nada?