A certeza desta declaração contempla-se
merecidamente, mais uma vez, nos sinuosos atalhos que o nosso gentil poder é capaz
de tomar, em nome de uma reparação tão racista como as cotas que a sustentam.
Afirmo isto, pois não vejo como louvar um projeto
que desde a sua raiz já traz a explícita mensagem de que não somos mesmo todos
iguais perante a lei; e o que é pior: uma fração de nossa cor pode, ou não
determinar a nossa capacidade de entendimento intelectual do mundo que nos
cerca.
É inadmissível insultar a inteligência de um ser
humano de etnia negra partindo do pressuposto que sem uma substancial ajuda a sua
trajetória profissional talvez não tenha tantos louros como de outro
brasileiro.
Sem falar que “tomadas de decisões” como esta acabam
por revelar ainda mais a intransigência de um Estado que, em nome de seus
obscuros interesses nos deixa de nos contemplar com o direito a um respeitado
bê a bá.
Isto mesmo! Nosso hilário Brasil não necessita ser
partilhado em coloridos pedaços para que possamos conquistar um dia a nossa tão
almejada independência financeira.
O que necessitamos tendo ou não uma cor é de uma EDUCAÇÃO
digna! É por meio dela, e com o exercício de sua palavra que chegaremos, sem
pestanejar, ao posto que tanto sonhamos.
E viva a sempre
ausente cota de compromissados políticos no Congresso! L
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