Mentira verdadeira

Existe coisa pior que mentir para si mesmo? Por mais paradoxal que possa parecer estamos acostumados a nos proteger de falsas verdades, acreditando que só assim seguiremos mais felizes em busca de realidades tão utópicas quanto nossas próprias enganadoras vidas.

O perigo desse tipo de atitude é que com o decorrer do tempo todo o esforço premeditado que tinha como objetivo atingir alguém pode se virar contra quem só mentiu para si mesmo, criando emaranhados de teias capazes de sufocar a nossa vã existência.

Não que eu condene por completo o penoso ato de mentir, todavia, a grande verdade de uma copiada história que por si só não se sustenta é que sentimentos falecem, e nesse entorno seres humanos não percebem que ao se afastarem de seus mais sinceros valores estarão condenados a seguirem sem suas próprias identidades.

E nesse jogo de faz de conta o homem vai vivendo diante de suas ideias mascaradas, fingindo aceitar que suas forçadas histórias poderão sufocar as suas mentiras mais verdadeiras.

Um, dois, três e já!

O bom e velho punk rock do grupo norte-americano Green Day está de volta ao mundo da música. Diferente de qualquer outro trabalho já lançado por eles, Billie Joe Armstrong e seus dois fiéis mosqueteiros (Mike Dirnt e Tré Cool), retornam ao aconchego fonográfico em boas doses homeopáticas.

Sim! Pois não será um, nem dois, mais três álbuns que vão ser disponibilizados aos seus fãs a partir do mês de setembro deste ano.

A trilogia que foi supervisionada pelo parceiro de longa data da banda, Rob Cavallo, foi batizada de “Uno! Dos! Tré!”, e vai chegar às lojas nos dias 24 de setembro (“Uno!”), 12 de novembro (“Dos!”) e 14 de janeiro de 2013 (“Tré!”) respectivamente.

Entre as influências desses três novos trabalhos, destaque para artistas como AC/DC e Beatles, que podem ser notados no decorrer das 38 canções que completam as sucessivas obras.

Diferente dos discos anteriores, onde a pegada era bem mais introspectiva, “Uno! Dos! Tré!” parece querer resgatar as agitadas batidas que tanto marcaram e impulsionaram o início da carreira do Green Day.

Com tanta novidade chegando a galope, vai ser impossível não fazer contagem regressiva.

Potência de Assassinos

Dentre todas as atividades mercadológicas dos Estados Unidos, sem dúvida alguma o setor de armas é o que domina com propriedade o país do Tio Sam.

Talvez por isso mesmo possamos explicar a amarga sede que os habitantes dessa triste potência sintam querer dizimar com vontade o seu próprio povo.

Sempre acostumados a se infiltrarem em guerras que nem sempre lhe pertenciam, os EUA sem perceber começaram a educar os seus “exemplares” cidadãos com princípios bélicos tão fatais quanto qualquer doença que enfraquece o sistema imunológico.

Os resultados dessas catástrofes armadas podem ser evidenciados por crescimentos exagerados de sucessivas mentes doentias, que alheias ao sentimento de amor ao próximo acabam por espalhar pavor por onde passam.

Mas se por um lado existe um ser humano frio e calculista, por outro há um governante inconsequente, que em busca de mais alguns anos no poder prefere adotar um tom ambíguo em seus discursos do que frear outros tiroteios contra novos pobres inocentes.

E nesse embate de forças internas, o tempo vai passando, para uma sociedade que sem notar está desaparecendo por sua própria conta.

Escambo escolar

É! Não tem jeito! Nós brasileiros estamos de fato condenados a empurrar com a barriga nossas vidas para panoramas historicamente ultrapassados em nosso cotidiano.

Desde que o mundo é mundo somos tratados como seres colonizados que induzidos por variadas permutas acabamos por acreditar que tal vício nos levará a algum ponto.

Não que eu seja contra o apoio que venha de qualquer lugar, porém o perigo desse tipo de ajuda é que quase sempre nada sai de graça, e uma hora a cobrança se faz necessária.

Digo isso, pois a meu ver é deprimente pensar que o direito ao estudo esteja agora vinculado a uma nova maneira de esmola.

Sim! Esmola! Esmola esta que aliena o direito de pensar de cada cidadão espalhado em nosso preguiçoso país.

Mas se o povo é burro, tão ignorante quanto são os atos dos nossos governantes que insistem em subjugar a exatidão e eficiência de políticas públicas tão essenciais para uma vida digna.

Situação essa que pode ser bem evidenciada pelos tristes números de programas tão falhos quanto seus idealizadores, que não percebem que não é dando o peixe que se ensina a pescar.

Dar direito à saúde, segurança, moradia, trabalho, e principalmente educação é um dever de quem nos “governa”, e inverter os papéis é descumprir um benefício verdadeiramente legalizado.

O Reggae do Hip-Hop

Ele deixou de se chamar Calvin Cordozar Broadus, ganhou o apelido de “Snoop”, adotou o “Snoop Doggy Dogg”, e como se não bastasse agora se autointitula “Snoop Lion”. Sim! Estamos falando do músico norte-americano Snoop, que assim como os seus infinitos “pseudônimos” decidiu mudar também o seu estilo.

Velho conhecido do universo dos rappers, Snoop agora parece estar enamorado com as boas vibrações sentidas pelas influências vindas de artistas como Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Cliff, dentretantos outros monstros do reggae.

E foi seduzido por esse ritmo jamaicano que o novo Snoop decidiu lançar mais um trabalho. Batizado de “Reincarnated” (“Reencarnado”), o disco que vai apresentar o lado regueiro do cantor deve chegar às lojas no próximo mês.

Tendo a participação mais que especial do DJ Diplo, que já ajudou a consagrar ainda mais talentos como No Doubt, Usher e Beyoncé, “Reincarnated”, traz como hit de estreia a boa batida de “La La La”, canção esta que já parece ser bem aceita nas emissoras de rádio do mundo inteiro.

Com tanta mudança tão radical só nos resta torcer para que esse novo “Fênix” renasça com sucesso em sua mais nova carreira.

Justiça extrema, extrema injustiça

Às vezes me interrogo: para que tantas leis, tantos direitos e deveres a serem cumpridos, se suas aplicações já são invalidamente atemporais?

A justiça é realmente cega, e em se tratando de Brasil ela consegue corromper qualquer legalidade a favor de quem realmente a precisa.

Como interpretar e dar valores de razão a fatos como a de um jovem que desde sempre nunca soube o verdadeiro valor da palavra sensatez? Como aceitar que a morte de um inocente seja julgada como mais poder adquirido por alguém que nem sabe dar o valor ao que tem?

É ultrajante aceitar que um assassino em potencial mascarado de bom vivant possa voltar a seguir o seu percurso sem nenhuma parada no seu caminho.

Conceder permissão mesmo que provisória aos atos insanos de quem sempre faltou com respeito ao que é certo, é dar permanência a continuidade do constante perigo.

Soberba: pivô da queda

Já dizia o poeta inglês John Donne “nenhum homem é uma ilha!”. E foi por desafiar essa máxima coletiva entre os seus, que um dos maiores nomes do nosso atual basquete feminino se vê hoje isolada, em uma total pequenez.

Sim! Foi a insignificante soberba que acabou se tornando o principal pivô das sucessivas cestas perdidas daquela que um dia já foi motivo de orgulho para muitos e muitos maranhenses.

De que vale tanto esforço, tanto empenho durante toda uma caminhada se é a pretensão que acaba guiando com firmeza os passos de um atleta?! Não me soa inteligente agir arbitrariamente como quem pensa que a vida também não faz parte do jogo.

Para quem não sabe ainda, a vida é um eterno jogo! E saber competir com humildade ajuda a somar vários pontos no placar do tempo de nossa vida.

Pedras de responsa

Sim! Eles continuam vivos! E contrariando qualquer previsão da mídia contemporânea, a banda Rolling Stones chega à marca dos seus 50 anos mostrando porque é uma das pedras mais valiosas do cenário musical.

Desde o lançamento do seu primeiro compacto até hoje, já foram vendidos mais de 200 milhões de álbuns por todo o mundo, o que demonstra que o tempo da música vai muito além do nosso breve sopro de juventude.

Mas, se para fazer uma canção é preciso ter ideias, os nossos queridos roqueiros ingleses adicionam que um punhado de atitude também é ingrediente essencial nessa eloquente mistura.

Talvez por isso mesmo eles tenham se tornado parte de uma história que aceita a história da história dos novos tempos; tendo a certeza que a mutação nem sempre sinônimo de ter sua filosofia vendida em uma prateleira de loja.

E assim eles continuam! Sem máscaras, sem estereótipos, sem vergonha alguma na cara, que agora enrugada, mostra que está mais viva do que nunca para assistir de camarote de uma plateia enlouquecida as pedras de responsa continuarem rolando.

Pobre defunto vivo

Quem é o detentor da palavra de Deus? Como se mede o bem e o mal entre os homens? Indagações à parte, a grande verdade é que sem respeito e tolerância ninguém chega ao almejado paraíso.

Digo isso, pois é revoltante assistir em pleno século XXI a barbárie e a ignorância de animais, que disfarçados de seres humanos tementes ao Criador insistem em subjugar a crença de quem não comunga de sua vã filosofia.

O que pensar de um grupo de evangélicos, que sem saber o valor da palavra “irmão”, aterroriza sem vergonha alguma seus irmãos em cristo por comungarem dos rituais do candomblé?! Com que direito temos o direito de blasfemar contra o que nem conhecemos?!

Ninguém é obrigado a aceitar ou acreditar na fé do outro, porém ter que saber conviver é uma máxima que jamais pode ser esquecida em momento algum.

Pobre defunto vivo é aquele que pensa que ações como essa estão longe de andar de mãos dadas com o tal satanás.