domingo, 3 de junho de 2012

O prestígio de um anti-herói


Enaltecer a imagem de um homem que em vida só foi capaz de vislumbrar a morte a seu bel prazer é dá prestígio a quem não reconhecia nem o valor da sua própria vida.


Não me parece de bom tom investir em “culturas” que em nada colaboram para a construção de um verdadeiro senso crítico. O que pensar sobre entretenimentos que incitam figuras de seres a se transformarem forçadamente em mitos que de heróis não têm absolutamente nada?!


Digo isso, pois não consigo perceber nenhuma contribuição positiva em narrar à estória de monstros como a do colombiano Pablo Escobar (1949 – 1993), que só soube causar dor, sofrimento, e o que é pior: propagou sem nenhum constrangimento o tráfico de drogas, estereotipando até pouco tempo da pior forma possível o seu país de origem.


Suas ações ainda motivaram abertamente guerras de cunho político, levando o Estado local a perder milhares de cidadãos inocentes por conta da ganância desmedida de um homem sem caráter algum.


Dá ibope a quem nunca teve crédito é desmerecer a memória daqueles que tanto lutaram pela liberdade de uma nação.


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