sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Doce Terror

Mergulhar no universo do terror, tendo a certeza de que ainda assim será prazeroso atravessar as fronteiras do obscuro por algumas horas, é o que nos propõe cada novo longa-metragem do cineasta norte-americano Tim Burton.


E como não poderia ser diferente de suas outras produções, o filme “Frankenweenie”, que nesta segunda versão chega às telas de todo o Brasil em formato 3D, vai contar mais uma vez (após exatos 28 anos de sua primeira estreia) a história da sincera amizade de um garoto por seu cão, e que tenta trazê-lo ao mundo dos vivos em meio a experimentos científicos.

Apesar do tom bucólico, o filme que foi todo rodado em preto e branco (o que de certa maneira afirma ainda mais a veia introspectiva de Burton, que teve influência direta do autor Edgar Allan Poe), preza também pelo tom sarcástico gerando entre os seus inúmeros espectadores uma agradável dicotomia na relação pavor x humor.
 
Sem medo de renegar as suas origens que o consagraram em pérolas como “Os Fantasmas se Divertem”, “Edward Mãos de Tesoura”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça”, “A Noiva-Cadáver”, “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” e “Sombras da Noite”, o cineasta usa e abusa do seu apego ao horripilante mostrando que o sobrenatural pode ser tão encantador como em qualquer conto de fadas.

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