Noite de Francisco

Todo o refinamento nordestino está de volta ao mundo da música com o lançamento do mais novo álbum do cantor e compositor Chico César.

E para comemorar o sucesso de “Francisco Forró y Frevo”, o artista paraibano reúne o seu público mais seleto em uma única noite de apresentação na capital maranhense.

No show que vai acontecer no próximo dia 10 de julho, no Teatro Arthur Azevedo, Chico promete também cantar e encantar os seus fãs maranhenses com canções já consagradas de sua notável carreira.

A atração que faz parte do renomado projeto MPB Petrobras é apenas a primeira de uma série de novas performances, que ainda virão para abrilhantar com muito requinte outras noites da bela cidade de São Luís.

Tecno revival

É! Pelo o jeito o Brasil está se tornando cada vez mais lugar cativo de bandas e músicos já quase esquecidos do cenário fonográfico. E neste dèjá vu quem acaba ganhando o bis é o público que se sente prestigiado neste rol de estrelas do passado.

E seguindo neste contexto do “recordar é viver”, quem agora dá o ar da graça nos nossos palcos tão miscigenados é o grupo tecnopop Information Society, que promete balançar os seus fãs com os clássicos já eternizados nas diversas pistas de dança.

Sem nenhum álbum lançado desde então (o último disco intitulado “Modulator” foi registrado em 2009), este ícone da dance music que fez muito sucesso principalmente na década de 80 elegeu apenas nove cidades brasileiras para relembrar hits como “Running”, “Repetition” e “What’s on Your Mind (Pure Energy)”.

As apresentações do trio formado pelos norte-americanos Paul Robb, Kurt Harland e James Cassidy vão acontecer em Petrolina (6/7), Brasília (7/7), Juiz de Fora (13/7), Rio de Janeiro (14/7), Mariana (15/7), Curitiba (17/7), São Paulo (19/7), Recife (20/7) e Taubaté (21/7).

Com tanta sessão nostálgica circulando ao redor do nosso país vai ser difícil não se prender com vontade aos bons e velhos tempos.

Encontro às escuras

É muito triste assistir de camarote uma jornalista como Fátima Bernardes cair de paraquedas no meio de uma programação em que até o momento em nada tem colaborado com a sua simpatia habitual.

Mesmo com toda a publicidade investida antes de sua estreia, o programa que nem chegou ainda ao final de sua primeira semana, já dá indícios de consecutivos hiatos dentro da própria atração.

Essa falta de harmonia incentivada pela desconexa participação de humoristas sem nenhuma graça, repetidas matérias sem grande relevância, comentarista de última hora que poderia estar calado, entrevistados caricatos, e um público que nem sabe por que está ali só reforça ainda mais a falta de feedback desse atrativo ao redor de si mesmo.

Com um formato que foge do inovador esse tal encontro tem tudo para “levar um grande bolo” do seu próprio público.

O adeus do Homem-Morcego

“Tudo que é bom dura pouco”, e, é seguindo essa linha de raciocínio ao pé da letra que a trilogia do Homem-Morcego chega ao seu derradeiro ato nos cinemas espalhados por todo o mundo.

Dirigido mais uma vez pelo renomado Christopher Nolan, “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, que tem previsão de estreia no Brasil no próximo dia 27 de julho, vai abordar sua saga dessa vez nas confusões que serão causadas pelo terrorista Bane (interpretado pelo charmoso ator britânico Tom Hardy), que decide retornar para Gotham com o objetivo de provocar mais desespero e pânico em toda a população.

Sem ter como enfrentar o terrível criminoso, a polícia da cidade decide baixar guarda o que faz com que Batman (papel principal do inconfundível Christian Bale) retorne do seu exílio, mesmo sendo perseguido pela lei, que o acusa pela morte de Harvey Dent (personagem que foi interpretado pelo competente Aaron Eckhart).

As cenas mais sedutoras desse longa vão ficar a cargo da misteriosa Selina Kyle (vivida pela queridíssima Anne Hathaway), que mesmo se transformando na Mulher-Gato promete confundir sem nenhum escrúpulo o coração e a consciência do nosso obscuro herói.

Com tantos ingredientes típicos de uma boa ação vai ser difícil dá adeus a um filme que mudou de vez o jeito de retratar um herói na grande tela.

O retrocesso da educação

Bom educador que se preze tem que ter em mente que a individualidade de cada aluno é papel fundamental no processo de aprendizagem, e excluí-lo do todo é dá a certeza da aniquilação da possibilidade da construção dos novos saberes.

É inadmissível que em pleno século XXI ainda haja seres que compartilhem do atrofiado pensamento que é através de um “bom corretivo” que conseguiremos alcançar mentes transformadoras.

O que pensar de pseudoprofessores (como é o caso daquela pertencente à escola municipal José de Anchieta, em Sumaré, na grande São Paulo), que ainda apostam no ultrapassado “poder” da palmatória?!

Esse tipo de atitude só vem demonstrar a incapacidade didática que esse avesso profissional tem por sua função. Sem falar no imenso desamor ao seu próximo.

Não é por meio de força bruta, críticas desconstrutivas frente aos colegas da turma, e muito menos com incentivos a agressões físicas que aquele que se define como professor vai conseguir conquistar o seu respeito ao educando.

Enfim, como diria o grande mestre Paulo Freire: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.

Admirável novo Zé

O jeito único de cantar falando está de volta nas inéditas músicas do cantor e compositor paraibano Zé Ramalho, que após cinco longos anos sem novidades nos convida a conhecer o seu mais novo projeto.

Intitulado “Sinais do Tempo”, o álbum que foi produzido pelo próprio cantor em parceria com Robertinho de Recife está sendo assinado pelo Avôhai Music; selo esse que estreia no mercado fonográfico graças à iniciativa do seu próprio criador: o versátil Zé Ramalho.

Com doze canções escolhidas a dedo, o disco que promete ser cheio de sensibilidade também vai passear nas nuances proféticas, tendo “Anúncio Final”, “O Começo da Visão” e “Portal dos Destinos” como um pequeno aperitivo do que esperamos para os novos tempos.

Entre as participações especiais, destaque para a nova musa do sertanejo melódico, a cantora Paula Fernandes, que dá o ar da sua marcante voz na romântica “Harmonia do Amor”.

Outros que também são presenças certas no cd são Robertinho de Recife em “Indo com o Tempo”, e João Ramalho (filho de Zé com a cantora Amelinha), que mostra toda a sua potencialidade vocal em “Olhar Alquimista” e “Um Pouco do que Queira”.

Com previsão de chegar às lojas de todo o Brasil no próximo dia 05 de julho, “Sinais do Tempo” mais uma vez vem anunciar toda a perfeita consistência de um músico sempre à frente do seu tempo.

O revés de um sobrenome

Qual a fórmula do sucesso? O que torna algumas pessoas serem indiscutivelmente melhores naquilo que fazem? Contrariando qualquer sorte do acaso, a grande verdade é que sem talento nato, e uma boa dose de força de vontade posto algum é alcançado.

E foi seguindo esse tipo de fórmula que um grupo seleto de brasileiros conseguiu se destacar no mundo, fazendo história, e o que é melhor: perpetuando legados dignos de grandes campeões.

Prova disso, foi a caminhada triunfal do inesquecível tricampeão de Fórmula 1, o piloto Ayrton Senna, que durante seu período como esportista não media esforços para que pudesse driblar as adversidades encontradas no seu caminho.

O resultado de tanta persistência era percebida nos inúmeros troféus levantados com orgulho a cada nova corrida.

Passados 18 anos de sua morte tão prematura, o universo dos GP’s voltam seus olhares novamente para aquele mesmo sobrenome que tantas vitórias conquistou, esquecendo que por de trás dele, até o momento, só existe mesmo apenas mais um homem no meio da multidão.

Esse tipo de responsabilidade compartilhada por atores que estão dentro e fora do circuito acabam criando falsas expectativas de que ser sempre vai ser sinônimo de ter.

Sem querer desmerecer quem acaba de engatilhar em labirintos ainda obscuros é preciso ter em mente que para ser um vencedor é necessário acima de tudo ter humildade o suficiente para aceitar que não existem fórmulas mágicas para justificar tantos erros corridos.

Esse tal rock n’ roll

Em tempos onde qualquer ruído já pode ser considerado “música”, nada melhor que receber de ouvidos bem abertos o bom e velho som do verdadeiro rock n’ roll.

Após exatos 18 anos afastados dos nossos palcos (a última vez foi em janeiro de 1994 durante o Hollywood Rock), o grupo californiano Ugly Kid Joe volta a se apresentar no Brasil para o delírio dos antigos e novos fãs.

Conhecidos pelos sucessos de canções como “Busy Bee”, “Cats in the Cradle” e, é claro, a inesquecível “Everything About You”, da qual os fizeram ficar conhecidos no topo do mundo; a banda que tem como líder o ainda charmoso vocalista Whitfield Crane vai realizar em agosto desse ano apenas três shows que prometem ser memoráveis.

Entre os destinos escolhidos pelos músicos estão às sortudas cidades de Florianópolis (9-8), São Paulo (10-8) e Porto Alegre (12-8). Nesses lugares também serão mostradas as canções do seu mais novo EP batizado de “Stairway to Hell”, que desponta no universo fonográfico após 16 anos de completo hiato melódico.

Com tanto saudosismo e tremenda expectativa vai ser impossível não esperar uma sublime barulheira desse tal rock n’ roll.

Sacra pecadora

Não é de hoje que alguns membros da “respeitada” igreja católica tomam para si atributos além de seus próprios poderes. Desde o ocorrido da Reforma Protestante liderada pelo alemão Martinho Lutero, que insatisfeito com os ensinamentos pregados pelo clero em plena Idade Média, muita coisa já foi descoberta a fim de ilustrar as deformidades contidas no interior dessa religiosa estrutura.

Com tantos pecados sacramentados ao longo dos anos é inadmissível que sejamos obrigados a aceitar a exclusão sem motivo algum de um pobre filho de na casa de seu pai. Se somos todos filhos do mesmo Deus como entender então o renegar imposto por um apóstolo a serviço desse mesmo criador por puro preconceito?!

É desumano, e muito menos padece de compaixão o ato voluntário exercido pelo padre da paróquia da cidade gaúcha de Bom Princípio, que ironicamente sem princípio algum impediu que um garoto de 14 anos com autismo fosse beneficiado a ter a sua primeira comunhão.

A ação causada por esse sacerdote revela mais uma vez a fragilidade do sistema religioso católico, que incapacitado de conviver com as diferenças existentes dentro da sociedade prefere ridicularizar o seu próximo a aceitar que ele também é tão “imperfeito” quanto o outro que ele castiga.

Cartas paternas

“Querido papai, te amo muito e mal posso esperar para te ver de novo nas próximas semanas. Estou trabalhando bastante e ainda não gastei nenhum centavo. Alguns milhares de dólares, mas nenhum centavo. Estou brincando.”

Lendo assim ninguém imagina tanta doçura e bom humor vindo de Amy Winehouse. Porém, esta é apenas uma pequena amostra do que os leitores, e eternos fãs da cantora já morta podem aguardar do livro “Amy, My Daughter” (“Amy, Minha Filha”), que vai ser lançado no próximo dia 26 de junho nas livrarias de todo o mundo.

Redigido por seu pai, Mitch Winehouse, a obra que reúne várias cartas escritas à mão pela própria Amy, mostra um pouco da intimidade dela e do seu relacionamento com o seu pai.

Com uma linguagem que foge do pieguismo sentimental, a publicação expõe ainda o drama da artista com o álcool e as drogas, e suas inúmeras tentativas de recuperação de um mundo que sem a menor piedade acabou a levando tão prematuramente dos palcos e da vida.

Num relato íntimo e terno, “Amy, My Daughter”, promete oferecer uma visão privilegiada sobre os altos e baixos da vida dessa talentosa cantora, que teve em seu pai um vínculo tão indissolúvel que nem a morte conseguiu separar.