quarta-feira, 15 de maio de 2013

Depreciado Gado

Houve um tempo em que acreditava que a vida de um ser humano não tinha valor algum no mercado; que o bem mais precioso de fazer parte de nosso tortuoso mundo seria incalculável em qualquer máquina registradora.


No entanto, o homem e sua fome de “justiça” acabaram nos mostrando que não apenas estávamos completamente errados, como também, dependendo da situação em questão, o nosso cifrão poderá sim ser valioso ou não.

A certeza do embolsado pagamento reside no montante mínimo e vergonhoso, que um grupo de imbecis acadêmicos terá que subtrair de suas carteiras, frente a relevante humilhação na qual inúmeras garotas foram sentenciadas a sofrer nos corredores de uma aculturada instituição.
 

Ou você acha justo que alguns poucos salários mínimos apagarão mesmo da memória, de agora uma pobre “vaca sofrida”, a dor e a revolta de se sentir excluída?! Será que podemos realmente fixar o preço da moral de quem nem se quer respeita a sua própria moral?!

Digo isto, pois não me parece nada plausível que estas irrisórias migalhas trarão de fato alguma estima para quem talvez lutasse por sua própria aceitação no espaço.

Sem querer ofender, ou exaltar qualquer ser existente no planeta Terra, a mais pura verdade é que ninguém é tão surpreendentemente bonito de se admirar, ou tão aterrorizantemente horrível que seja realmente preciso ser escondido.
Está passando da hora de encararmos o bullying, e suas consequências como meros acontecimentos de uma desastrosa ocasião.


Excluir o outro com chacotas ou agressões não nos torna mais que perfeitos, no entanto, acaba por revelar o íntimo desprezo que temos por nossa própria vã existência.
 
E viva o deslumbramento da oca beleza! :(

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