Por isto mesmo não suportamos de forma alguma a
maneira pela qual, nós brasileiros, compramos e vendemos exaustivamente a
deturpada imagem de que somente aqui somos os reis do futebol, do carnaval, da
mulher bonita, e, é claro, a pior de todas: que somos um povo completamente
hospitaleiro.
Foi baseado em tais marketings que a nossa
contraditória nação acabou perpetuando e conquistando um legado fantasticamente
tão invejado, quanto enganador.
Tudo porque no nosso pobre caso não importa muito se
“a propaganda é a alma do negócio”, o essencial mesmo é valorizar a ganância
desmedida, e desenvolver, sem o menor escrúpulo, a repetição de uma verdade
falha.
A certeza desta afirmação situa-se na falta de
coerência, que atribuímos ao nos elegermos disfarçadamente cordiais e sensatos,
quando na verdade somos descadaramente a própria face da deslavada barbárie.
Digo isto, pois não vejo maravilha alguma em
contemplar um tupiniquim, que ao menor sinal de contrariedade é capaz de
disparar com encantador sorriso no rosto, o tiro certeiro do fogo mortal.
Ou você vai me dizer que acha natural terminar em
pizza sangrenta o fim da vida de uma pacificadora criança em nome de uma rixa
sem pé nem cabeça?!
Longe de desejar encontrar culpados ou inocentes
neste mascarado território verde e amarelo, a realidade é que a nossa
espontaneidade é tão verdadeira quanto às caras e bocas do autêntico Pinóquio,
e inverter a ordem destas famosas fisionomias não garante a plena satisfação do
gringo consumidor.
E salve a caricata
simpatia! :(
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