quinta-feira, 2 de maio de 2013

João Ninguém

Não há nada mais deprimente do que ser obrigado a conviver com a figura esquecida de um ridículo João ninguém. O desprezo de sua falta de importância torna-se ainda mais cansativo, quando somos invadidos pela insistência corriqueira de sua nefasta companhia.


A certeza destas palavras reside no comportamento caricato, e forçadamente anormal de um, desde sempre, insignificante “apresentador” de armadas baixarias, que não tendo como superar qualquer mísero resquício de prestígio social se põem agora a declinar ainda mais em seu próprio véu do esquecimento.

Afirmo isto, pois não há outra maneira de tentar entender, e até digerir, a falta de conduta pela qual este pobre ser foi levado a agir, tendo como único inválido argumento a busca desenfreada de um alavancado ibope que nunca chega.

Mas, se por um lado ele peca por se fazer existir neste imenso vazio do entretenimento, por outro, somos tão pervertidos quanto ele, pois cumpliciamos em participar continuamente deste montado picadeiro.

Longe de tentar apontar culpados ou inocentes neste assustador show de horrores, a grande verdade é que mais uma vez fomos infelizes em nossas escolhas, e tentar tirar o corpo fora para mascarar a nossa ausência de cultura, não nos tornará menos imbecis e alienados quanto qualquer mero atrativo de um já falido canal.
 
E viva a ganância do sugestivo sensacionalismo barato!

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