quinta-feira, 30 de maio de 2013

Lição de Casa

Nunca gostei de dar nome aos bois em minhas reflexões, no entanto, como diz o famoso ditado: “sempre há uma primeira vez” para tudo em nossas vidas; e como eu não poderia ser diferente do resto de meu pequenino, e ignorante povo, aqui vai o meu quinhão de contribuição: crianças do meu Brasil não sejam médicos, nem professores, muito menos bombeiros, sejam advogados e, claro, o mais importante de tudo, lucrem muito, mais muito mesmo com a de$graça alheia.

 
 
 
 
 

Isto mesmo! Não defendam o pobre coitado, nem o ladrão de galinha que tenta alimentar a sua esfomeada família; defenda o ofensivo, o estuprador, o assassino, o maníaco, o inconsequente, o estelionatário que consome os anseios daquele que tenta sobreviver do bem há tempos já perdido.
 

São estes maus elementos que vão garantir o seu sucesso profissional. São eles que com a sua dose extra de aversão a tudo que possa ser bom, e verdadeiramente justo, que vão garantir suas escadas rumo a novas e lucrativas empreitadas. Tudo isto porque criminoso, pelo menos no nosso país, é sinônimo de garantia de um futuro próspero e seguro a curto, médio e longo prazo.
 
 

A certeza desta precisa previsão reside na decisão judiciária que mais uma vez (e porque não dizer sempre!) intercedeu em favor de uma fatia da sociedade agora tão importante como qualquer Chefe de Estado.

Foi por conta de uma interpretação absurda, e lógico, graças às caras, e bocas falsamente bem articuladas de um “íntegro” jurista, que vimos o replay da força, e do prestígio de quem nunca se incomodou, e nem vai se incomodar, com a dor de quem sofreu, e de quem ainda continua a sofrer por quem faleceu consumido pelas chamas da diversão.

São por estas e outras histórias bem parecidas, que mesmo carregado com o semblante da revolta, ainda assim, não posso esquecer-me do que nos traz aqui: crianças do meu Brasil sejam advogados!
E viva o aprendizado da lição inescrupulosa! :/


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