A certeza deste enunciado se baseia única e
exclusivamente nas voltas sem rumo que o nosso Poder Judiciário é capaz de dar,
a fim de garantir, sem o menor escrúpulo, a condenada liberdade a quem também
foi tão inconsequente em vida, quanto às suas já mortas encarceradas vítimas.
Afirmo isto, pois não vejo com coerência como uma
pena que tendo como princípio futuro sombra e água fresca aos seus envolvidos
consiga agir de consciência limpa, frente ao banho de sangue de quem há tempos
já pagava por seus pecados.
É inaceitável que sejamos cúmplices de um falso
moralismo em conjunto; é ultrajante esperar que após tantos anos deste
escancarado massacre, o tempo seja agora o senhor de uma razão argumentada no
próprio esquecimento de sua época.
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