Engana-se profundamente quem pensa que viver das
artes é o mesmo que viver pelas artes; não que cada uma destas “filosofias” não
tenha o seu valor no nosso variado mercado; no entanto, há de se pontuar que
seja qual for a natureza do talentoso indivíduo, uma coisa é certa: liberdade
de expressão tem que estar acima de tudo!
É por meio da liberdade de ir e vir, da liberdade de
pensar, da liberdade querer ou não externar o que invade a nossa alma em sua
forma mais ampla, que estamos todos pautados legalmente a publicitarmos as
ideias que nos rodeiam, sem que possamos ser completamente censurados por quem
quer que seja.
A certeza do enunciado que me fez colocar “a boca no
trombone” reside no comportamento um tanto quanto intransigente de certo “rei”
da música brasileira, que se esquecendo de que apenas foi uma parte de um
movimento bem maior que a sua própria pessoa, quer nos forçar a aceitar agora a
nulidade de todo um contexto histórico do qual ele também estava inserido.
Afirmo isto, pois se torna desconexo ilustrar todo
um período cultural sem citar situações, lugares, comportamentos, moda, ou até
pessoas, que acabaram colaborando, de uma forma ou de outra, na consolidação de
determinado movimento.
É bom lembrar que mesmo que tenhamos dado exacerbada
contribuição em uma ação, ainda assim, fazer parte dela não nos torna o foco
principal da evidente história, mas, apenas agentes tão necessários quanto
qualquer outro já exemplificado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário