Porém, como explicar que seja possível continuar a perpetuar
um novo gênero, que mesmo buscando forçadamente atrelar-se ao que já existia
antes, ainda assim, em nada se assemelharia?! Seria possível então reinventar
algo que viesse do nada?!
Digo isto, pois me soa meio sem nexo declarações de “artistas”
que mesmo bebendo de uma fonte da qual nunca fizeram parte alguma, ainda assim,
são capazes de tentar desmitificar o trabalho de companheiros, que assim como
eles, também não têm como apoiar a inspiração de sua “arte”.
Ou você vai me dizer que o som de uma viola é igual à
de uma bateria?! Que para falar da vida do brasileiro simples do campo é
preciso ter que aprender espanhol?! Tem que se tornar universitário?!
Longe de querer dar nomes aos bois, a grande verdade
é que até onde eu consigo me lembrar, sertanejo não é o mesmo que caipira, e
criticar sem ter como se embasar não lhe dar o direito de ser o detentor de
algo que nunca lhe pertenceu.
Para quem sempre viveu à custa do aprendizado de
mestres como Rento Teixeira, Sérgio Reis, Tonico e Tinoco, dentre tantos
outros, afirmações como esta apenas demonstram mais uma vez a incapacidade de
não ter conseguido absorver a genuína lição.
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