Mas, pior que deixar para trás qualquer mero
personagem em um famoso conto de fadas, é ter a sensação de contar um “novo
enredo” com momentos e clímax já há muito tempo interpretados.
Afirmo isto, pois não me desperta nenhuma sombra de
comoção assistir uma falsa princesa plagiar com riquezas de detalhes, o lampejo
sincero de quem realmente já sofreu pela dor da solidão.
Ou você acha mesmo que na reta final de um programa
valendo mais de um milhão de reais, o amor deixaria sufocar a vontade e a
ganância de uma jogadora que traz em seu histórico as artimanhas de quem sabe
advogar em sua causa própria?!
Não que eu tenha alguma coisa contra o fundo de
inspiração, no entanto, entre ser inspirado e copiar uma ideia descaradamente
há uma grande diferença.
Tentar chamar a atenção em meio à própria evidência
não garante o bilhete premiado, mas desperta a ganância de desfavorecer a sua
ambígua imagem.
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