Afirmo isto, pois não vejo a menor coerência em
levantar a bandeira da igualdade entre todos os homens, e ao mesmo tempo
comemorar o privilégio de se sentir melhor pela lembrança de um dia tão
lamentável, que notadamente apenas trouxe consigo somente a memória da dor e da
morte entre centenas de nossa mesma espécie.
Sem contar na contradição, e o que é pior, na
aceitação passiva de ser presenteada por meio de doces e mimos, sem perceber o
quanto é grande o incômodo escondido entre os carinhos impostos por ambos os
lados.
Não que eu tenha alguma coisa contra a minha
autêntica figura feminina, mas não me causa qualquer euforia perceber que
apesar de toda a “revolução sexual”, exacerbada muito mais por meio de nossas
roupas do que simplesmente por nossas atitudes, nada ainda mudou.
Sim! Isto mesmo! Continuamos repetindo os velhos mesmos
hábitos exercitados pelas antigas senhoras dos nossos respeitados senhores
feudais. De que adianta glorificar uma figura que “luta” para ser respeitada,
no entanto, se alimenta pelo orgulho do título de eterno sexo frágil?!
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