quinta-feira, 7 de março de 2013

Feminismo Machista

Não há nada mais pejorativo que determinar uma data para enaltecer o que não pode ser festejado. É como se cada segundo, minutos, horas, dias, meses, e até anos antes do prazo estipulado nada disto fizesse sentido, e como que num passe de mágica todos os absurdos, todas as humilhações e variadas violências pudessem ser esquecidas em nome de um momento tão insignificante quanto o próprio valor que a própria mulher dar para si.


Afirmo isto, pois não vejo a menor coerência em levantar a bandeira da igualdade entre todos os homens, e ao mesmo tempo comemorar o privilégio de se sentir melhor pela lembrança de um dia tão lamentável, que notadamente apenas trouxe consigo somente a memória da dor e da morte entre centenas de nossa mesma espécie.

Sem contar na contradição, e o que é pior, na aceitação passiva de ser presenteada por meio de doces e mimos, sem perceber o quanto é grande o incômodo escondido entre os carinhos impostos por ambos os lados.

Não que eu tenha alguma coisa contra a minha autêntica figura feminina, mas não me causa qualquer euforia perceber que apesar de toda a “revolução sexual”, exacerbada muito mais por meio de nossas roupas do que simplesmente por nossas atitudes, nada ainda mudou.
 
 

Sim! Isto mesmo! Continuamos repetindo os velhos mesmos hábitos exercitados pelas antigas senhoras dos nossos respeitados senhores feudais. De que adianta glorificar uma figura que “luta” para ser respeitada, no entanto, se alimenta pelo orgulho do título de eterno sexo frágil?!
 
Com tanta ambiguidade pairando em nosso rosado universo não me admira que até Freud não tenha nos entendido! :/

 

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