quinta-feira, 28 de março de 2013

Lições de Morte

Sempre cresci acreditando que a escola fosse meu segundo lar; que a partir deste pequeno espaço do saber eu não encontraria apenas um ambiente propício para o desenvolvimento do meu intelecto, mais principalmente, me sentiria bem à vontade para fixar em minha mente, que o local em si, expressaria com toda a certeza uma pequena extensão do convívio que já tenho dentro de minha própria casa.


Contudo, toda esta lição e esta sensação de bem estar já perpetuada por muitas e muitas gerações foi brutalmente assassinada, sem que pudesse ser dada a ela qualquer possibilidade de resposta ou recuperação.

Digo isto, pois situações como a do menor João Felipe, e de tantos outros que desconhecemos neste nosso impune país não demonstram tão somente a monstruosidade que um ser humano é capaz de ter num minúsculo instante de fúria, mas o que é muito pior acaba colocando em cheque toda a fragilidade e incompetência de um sistema educacional tão alheio a uma lição básica quanto qualquer pobre ignorante de um simples bê a bá.

Não que eu esteja a favor ou compactuando de alguma maneira com o ato meramente calculado e inescrupuloso de uma mulher avessa ao sentimento de amor ao próximo, mas, a grande verdade é que todo este trágico contexto poderia ser evitado se existissem leis de fato que controlassem a entrada e saída dos alunos do interior de qualquer colégio.
 

É inadmissível que uma Instituição como esta, com mais de oitenta anos de história e tradição tenha sido logo reprovada pelo desleixo de sua conduta logo na porta de entrada.

Assassino não é só aquele que mata por asfixia, mais também quem libera a vítima para o encontro com sua própria morte.
E viva a irresponsabilidade nossa de cada dia! L


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