Bem minha gente, neste país onde “quem menos anda
voa” pode acreditar: nosso português é regionalmente variável, e quem ignora
esta máxima, em meio aos seus novos acordos ortográficos, sentencia, sem
perceber, o falecimento de sua própria identidade cultural.
A certeza desta oração coordenada reside para
variar, mais uma vez, no infundado discurso de uma avessa autoridade da nossa
agonizante saúde, que, em nome do seu ignorante achismo descarta, sem qualquer
check-up, a plena necessidade do ser humano se fazer entendido.
Afirmo isto, pois é no mínimo incoerente querer
receitar, como via de regra, aos nossos futuros gringos doutores, o amplo desdenhar
de nossa peculiar língua pátria mãe.
Ou você concorda que não seja imprescindível abrir a
boca, e falar o que está sentindo?! Se nem os nossos compatriotas médicos conhecem
a forma coloquial de determinadas palavras, o que dirá daquele que nem aqui
nunca nasceu?! Seria então o exercício da mímica a nossa última salvação?!
Longe de tentar abortar um programa que já parece
ter nascido morto, a grande verdade é que quem não se comunica, se trumbica, ou
neste caso, o pior: pode até matar.
E viva o calar de
nosso grito de dor! L
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