quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Queda da Bastilha

É isto aí meu povo! Contrariando qualquer rótulo histórico social vamos seguindo nossos dias tendo, a partir deste nosso momento, a máxima certeza que nada realmente dura para sempre! Graças a uma aguçada clarividência coletiva fomos, enfim, tomados (querendo ou não) por uma onda de sensatez, que, até então jamais tinha sido sentida por qualquer um de nós.


A certeza desta afirmação não habita tão somente no impetuoso desejo de um latente progresso, de um povo gentil já cansado de viver às margens de sua própria marginalização, porém, no que é muito pior: na generalização de uma afobada ordem por parte de quem nunca se quer se preocupou com tal nobre, e respeitada equação.

Afirmo isto, pois me custa acreditar, que num país mal acostumado a se deitar em berço esplêndido de falcatruas, e roubalheiras tenha já, de uma hora para outra, despertado mais que depressa os seus governantes de suas profundas, e sonolentas letargias.

Não que eu seja contra as mudanças de atitude, no entanto, soa um pouco demais forçado tanta boa vontade, em meio a tão pouquíssimo tempo de espera. É como se todos os nossos anos de miséria e opressão fossem comprimidos em menos de uma semana.
 

Longe de tentar diminuir a encenada motivação dos nossos figurões do poder, a mais pura verdade é que nunca em nossa biográfica narrativa fomos tão bem representados como agora.

É espantoso, e ao mesmo tempo deprimente perceber que nada disto teria sido forçado a acontecer se não fosse à gloriosa vontade de reforma política oriunda de nosso unido, e fiel povo.

Mais uma vez a lógica, e a evolução de nossa espécie nos prova que somos capazes sim (se quisermos), de alterarmos o rumo de nossas sucessivas e, ecoadas vontades.
 
E salve o novo tempo! ;)

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