quarta-feira, 12 de junho de 2013

Saia Justa

De todos os discursos que possam existir em nosso hipócrita meio social, nenhum é mais devastador e intransigente, que, aquele apoiado continuamente pela emoção performática das escorregadias frases de efeito.


São por meio de tais palavras, que debates aparentemente inofensivos, a qualquer um de nós, acabam por edificar as verdadeiras intenções de grupos alheios, a algum progresso humano.

A certeza desta afirmação repousa veemente em uma “respeitada” instituição educacional, que, em nome de uma retrógrada postura, acabou por esquecer os preceitos pelos quais havia alicerçado os seus pseudo-atuais valores pedagógicos.

Digo isto, pois não consigo achar um preciso fundamento que justifique a incoerência na íntima relação aprendizado versus vestimenta, tendo em vista, que tal centro de ensino sempre cultivou o direito do traje à paisana como nota irrelevante no seu boletim.

Sem falar que tal comportamento perpassado por renomado colégio acaba por evidenciar às claras, um transparente preconceito, de quem sempre pregou a soberania da heterogeneidade de todo ser humano.

Ou você concorda com quem pensa que uma peça de roupa é capaz de nos dar mais, ou menos capacidade de absorção sobre as lições discorridas dentro de uma sala de aula?!

Longe de tentar encontrar o “X” desta complicada questão, a grande verdade é que aplicações de didáticas como esta não desenvolvem qualquer ser pensante na natureza, mas o que é muito pior reprime sem dúvida alguma, o apreço de quem sempre acreditou no falso direito da sua assegurada liberdade de expressão.
 
E viva o cosmopolita comprimento do pano! :/

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