A certeza destas coreografadas palavras reside nas
mudanças de humor, e comportamento de uma pobre “menina” rica, que guiada tão
somente pela luz pulsante de um hereditário egocentrismo, se põem agora a
produzir, sem a menor vergonha, o excêntrico gene condutor de velhas ações já
conhecidas.
Afirmo isto, pois para quem sempre conviveu ao lado
de um pai capaz dos gestos mais incomuns, em nome do brilho dos respeitados holofotes,
torna-se até um pouco difícil de acreditar, que intencionar o fim de uma vida
ávida agora por transparente sucesso, não tenha sido (pelo menos neste momento)
calculosamente premeditada.
Não que eu saiba o que se passa no íntimo de uma
pessoa, mas, há de se concordar, que até minutos antes do grande adeus daquele
Rei do Pop, toda uma dor, que até então era recolhida a sete chaves, jamais foi
tão bem convenientemente vista, e sentida assim às claras.
Ou você acha mesmo que todo o legado do que restou
dos sensacionalistas Jackson’s seria sepultado naquele mórbido momento?!
Longe de querer minimizar a angústia de quem não
deseja mais continuar a viver em um mundo programado a encontrar a próxima
celebridade instantânea, a grande é que a tentativa de chamar a atenção de todo
um público pareceu muito mais eloquente que seu próprio intento de morte.
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