A certeza de nossa gritante falta de noção, que,
inevitavelmente atinge, sem dó, nem piedade, os quatro pontos cardeais deste
cômico país, não percorre simplesmente entre as divisas de nossos estados; ela
vai muito além de nosso próprio continente, e mostra, que, em se tratando de
ridículo, para nós, não há fronteiras.
Digo isto, pois foi tomado de um imenso sentimento
de vergonha, e porque não dizer constrangimento, que, assisti a confirmação
clara de que nunca, em tempo algum, fomos realmente uma nação do futebol.
Não, que eu já não tivesse dúvida sobre esta agora
transparente afirmação; no entanto, o fato não foi só reafirmado, como também
sacramentado aos quatro ventos por meio de sua própria entidade mãe.
E por mais estranho que possa parecer, nosso revés,
neste respeitado esporte, não se deve pela falta de dribles, e finalizações de
nossos astros da bola; mas, no que é muito pior: ele pontua-se declaradamente
por nossa instabilidade patriótica, que, em meio ao caos de nossos atuais dias,
acabou por evidenciar o arrependimento de quem apostou muito alto em novas
jogadas.
Contudo, se por um lado nossas agora inflamadas
reivindicações causam preocupação no mundo afora, por outro, é preciso ter
consciência para compreender, que nem de longe (pelo menos até este momento!)
estivemos perto de ajuntar o mínimo se quer de infraestrutura para realizar
eventos desta natureza.
Não é sensato, a esta altura do campeonato, querer
se livrar de sua parcela de culpa pelo leite mais que derramado. Não é digno se
esquivar desta responsabilidade como se também não tivesse alguma culpa por
toda esta discrepância.
Pior do que se arrepender é tentar tirar o corpo
fora da situação!
E viva o sorrateiro
apito do juiz ladrão! L
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