sexta-feira, 19 de julho de 2013

A Bola da Vez

É minha gente! O bom senso não ficou mesmo para todo mundo; e no nosso caso esta máxima pode, e deve ser aplicada em qualquer circunstância.

 

A certeza de nossa gritante falta de noção, que, inevitavelmente atinge, sem dó, nem piedade, os quatro pontos cardeais deste cômico país, não percorre simplesmente entre as divisas de nossos estados; ela vai muito além de nosso próprio continente, e mostra, que, em se tratando de ridículo, para nós, não há fronteiras.

Digo isto, pois foi tomado de um imenso sentimento de vergonha, e porque não dizer constrangimento, que, assisti a confirmação clara de que nunca, em tempo algum, fomos realmente uma nação do futebol.

Não, que eu já não tivesse dúvida sobre esta agora transparente afirmação; no entanto, o fato não foi só reafirmado, como também sacramentado aos quatro ventos por meio de sua própria entidade mãe.

E por mais estranho que possa parecer, nosso revés, neste respeitado esporte, não se deve pela falta de dribles, e finalizações de nossos astros da bola; mas, no que é muito pior: ele pontua-se declaradamente por nossa instabilidade patriótica, que, em meio ao caos de nossos atuais dias, acabou por evidenciar o arrependimento de quem apostou muito alto em novas jogadas.
 

Contudo, se por um lado nossas agora inflamadas reivindicações causam preocupação no mundo afora, por outro, é preciso ter consciência para compreender, que nem de longe (pelo menos até este momento!) estivemos perto de ajuntar o mínimo se quer de infraestrutura para realizar eventos desta natureza.

Não é sensato, a esta altura do campeonato, querer se livrar de sua parcela de culpa pelo leite mais que derramado. Não é digno se esquivar desta responsabilidade como se também não tivesse alguma culpa por toda esta discrepância.

Pior do que se arrepender é tentar tirar o corpo fora da situação!
E viva o sorrateiro apito do juiz ladrão! L


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