segunda-feira, 29 de julho de 2013

Marcha da Intolerância

Como se conquista o tão desejado espaço na sociedade? Seria através da força bruta como faziam os bárbaros ao conquistarem os seus territórios?! Seria por meio da sedução estratégica como fez a rainha Cleópatra durante todo o seu reinado?! Ou seria por meio da troca de especiarias como fizeram nossos invasores-colonizadores portugueses?!

 
 

Bem, sinto informar meus distintos leitores que nenhuma das alternativas citadas no parágrafo anterior corresponde um pressuposto válido para que se possa alcançar uma permanência digna em um mero grupo, ou comunidade.

A chave, o caminho, a resposta para este enigmático questionamento reside, residiu, e sempre residirá, sem nenhuma sombra de dúvidas, na alicerçada base do agora tão inatingível respeito mútuo.

Sim! Isto mesmo! Respeito é a palavra de ordem e progresso para toda a nação que se julga detentora de um mínimo poder. É através dela, e somente com ela que chegamos a um entendimento sobre os mais variados assuntos, sejam eles um tabu, ou não.

Afirmo isto, pois foi qualquer coisa, menos respeitoso, o ato organizado por um grupo de vadias da pior espécie, que, desconhecendo o digno valor do que seja tolerância, acabou por colocar abaixo, o suado respeito antes lutado com tanto esforço por uma sim, estimada minoria.

É degradante, amoral, sem fundamento impor suas despidas convicções, acreditando que desta maneira tudo será resolvido; não se conquista o apreço afrontando a fé, o credo do outro. Agir assim não nos enaltece, pelo contrário, nos rebaixa a estaca zero, contribuindo ainda mais para a propagação do vergonhoso, e pecaminoso preconceito.
 

Sem falar que se torna completamente contraditório o debate de quem sempre esbravejou aos quatro ventos a igualdade de ideias, a igualdade de valores, a igualdade pelo mérito da pura igualdade.

Enfim, respeito no sentido amplo do seu entendimento não é conquistado com uma desmerecida obrigação, nem muito menos através do coagido comportamento daquele já humilhado cidadão-irmão; respeito é agraciado na base do inteligente diálogo, e dissociar esta argumentada máxima é desrespeitar a sua própria inteligência.
 
 
E viva o descompensado caminhar dos verdadeiros repugnantes! L

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