Sim! Isto mesmo minha gente! Somos todos (pelo menos
até a visita da Sua Santidade, o Papa da vez) católicos (querendo ou não!),
descendentes enraizados de uma detentora Igreja milenar.
A afirmação, que hoje resplandece sobre uma teórica
nação laica, baseia-se contundentemente nos gastos, e serviços públicos
orçamentados em favor de uma comunidade de teor puramente privado.
Digo isto, pois para um país que sempre se orgulhou
de sua pluralidade cultural torna-se fantasmagórico demais sermos obrigados
(mesmo que indiretamente!) a participarmos de eventos, dos quais em nada irá
acrescentar em nossa mudança de fé.
É inadmissível que milhares de evangélicos,
messiânicos, budistas, espíritas, umbandistas, e até ateus espalhados por este
agora escrachado beato país, sejam forçados a se curvar as regalias milionárias
de um Chefe de Estado sem qualquer poder sobre suas vidas.
Não que eu tenha algo contra a crença alheia; no
entanto, se todos nós somos iguais perante as leis, por que então tamanha
distinção por um estrangeiro que serve ao mesmo Deus de todos?! Será que em
nome de tradicionais dogmas vale a pena mesmo recrutar um batalhão de militares
deixando ainda mais o seu próprio povo a mercê de uma imperativa
marginalidade?!
Longe de tentar semear a discórdia entre os homens,
a grande verdade é que o nosso território está muito longe de se ausentar do
dever religioso, e tentar ludibriar esta máxima com uma falsa neutralidade não
diminui em nada a sua crucificada sentença.
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