Num país como o Brasil onde o número de impostos cobrados é inversamente proporcional ao valor adquirido na folha de pagamento de um trabalhador assalariado, é inaceitável que prestações de serviços básicos, e garantidos por lei à população sejam negados.
Afinal, trabalhamos na perspectiva mesmo de suprir as necessidades de quem? Às nossas ou do sistema? Mas, se o sistema fomos nós mesmo que criamos a fim de resolver os nossos problemas mais complicados, por que será que não encontramos nele as nossas próprias soluções?
A verdade é que com todo o aparato e competência do sistema, o certo é que estamos mesmo é à beira de um colapso social, e nesse emaranhado somos todos a própria nadificação do ser.
Tornando o discurso mais visível e “vergonhosamente” até mais palpável peguemos como exemplo as seguintes perguntas: o que você faria se num momento de dor não tivesse uma equipe médica no único posto de saúde da sua comunidade? E se a única escola da sua cidade desabasse para desespero educacional do seu filho? E se numa situação de perigo a delegacia do seu bairro estivesse de portas fechadas na hora que você gritasse por socorro?!
Situações de calamidade como essas nos deixam apavorados só em imaginar; porém, ninguém está livre delas (nem eu mesma!), que neste último fim de semana após passar por um incômodo de ter perdido um dos meus documentos decidi ir registrar um boletim de ocorrência, que para minha surpresa não pode ser efetuado pois o distrito policial estava fechado! Isto mesmo! FE-CHA-DO em pleno sábado movimentado! Dá pra acreditar?!
Absurdos como esse não me revoltam só pelo meu caso em particular mais também por cada pessoa que luta tanto por uma melhoria e nada vê.
Agora eu te pergunto: de que vale ser um cidadão de bem e pagar os seus tributos em dia se nem o “básico do básico” não pode ser oferecido? De que adianta amar a bandeira, o dia da Pátria, o dia da Independência se ainda nos sentimos escravizados? Será que não precisamos repensar sobre o nosso valor como cidadão?
Enfim, será que vale ser um cidadão de nada?
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