quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dias de combate


Existe ideia mais hipócrita que taxar um dia a determinada causa? Não consigo entender como podemos conscientizar pessoas tendo apenas um momento para resolver inúmeras situações?! É como se o restante do ano não valesse a pena para tratar daquele assunto de tamanha relevância.




Sem querer desmerecer as diversas campanhas espalhadas pelo o mundo, acredito que todo e qualquer combate só vale a pena ser extinto se for massificado dia a dia, minuto a minuto, pois só assim conseguiremos desenvolver de fato mentes preventivas, que possam ajudar a colaborar no controle de situações e doenças que possam vir a prejudicar a saúde do homem.


Tratar dos vícios e suas consequências em milhões de seres humanos requer muita paciência, e colaboração de inúmeros setores; e nesse caso é preciso ter certeza da boa índole de quem se propõem a ajudar quem passa por esse momento de crise, pois são constantes os gastos desses “enfermos”. E nesse instante uma das partes pode sair perdendo grandes valores em indústrias, que apesar de causarem dor em milhões de pessoas, ainda assim, podem ser muito lucrativas para quem está do lado de fora.



Exemplificando melhor tal pensamento peguemos como objeto de estudo o cigarro. Por conta dessa substância, a cada dia, 357 pessoas morrem no Brasil por causa desse vício. Porém, antes delas virarem estatísticas, elas custarão para o Governo Brasileiro aproximadamente 21 bilhões de reais; números esses equivalentes ao “salgado” tratamento de cada indivíduo.


Com tanto gasto e pouco retorno vai ser difícil abraçar diariamente tanta causa em favor da vida.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Amor ao bolso


Se há uma coisa que jogador de time brasileiro não gosta é de jogar bola. Salve aqueles que de fato têm amor não só a camisa, como também pelo time que defendem com unhas e dentes a todo custo; raridade essa encontrada em sua grande maioria no século anterior.




Tudo isso porque hoje o que vale é o amor ao bolso, não importando se com isso ficará para trás milhares de torcedores enfurecidos com o desdenhar de quem não honra nem a estória, nem a tradição de uma equipe.


Se promessa é dívida, é pecado maior ainda justificar a falta de profissionalismo por meio de ausências injustificadas que em nada aumentarão o seu talento.


Reafirmar a sua falta de conduta por conta de reclamações que só desrespeitam os seus interesses é retirar de si a responsabilidade de um trabalho que por si só não se sustenta.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Talento Invejoso


Conquistar fãs a partir do seu trabalho deveria ser o objetivo principal de qualquer artista; no entanto, em tempos de corrida pelo sucesso vale tudo para continuar em evidência.


E, é partindo desse pressuposto que alguns “artistas” veem usando de má fé para galgar ainda mais fama e poder por meio de ações que em nada engradece o seu legado.


Essas tristes iniciativas só demonstram a falta de maturidade, e principalmente a inveja desmedida pelo o medo de se ver superado por talentos que nem o próprio “artista” acredita ter.



Isso mesmo! É em virtude da falta de talento que certos “artistas” se jogam em fogueiras de vaidades, e tentam se confirmar através de acusações sem nenhum embasamento que possam justificar de alguma forma sua crise profissional.


Digo isso, pois é deprimente ver uma cantora que um dia já foi considerada rainha hoje criar especulações sem fundamento algum só porque não é mais o centro das atenções.


Ora! Se até Roma viu o seu declínio, por que uma mera Madonna também não pode cair?! É bom lembrar que o mundo gira, e com ele novas possibilidades surgem; e nessa transformação majestade pode perder seu posto até para uma “simples” mãe que de monstro não tem nada.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sábado sem graça


Inovar nunca foi o forte da televisão brasileira; seguindo essa tendência do “nada se cria, tudo se copia” os programas implantados nas diversas emissoras do nosso país vem tentando sobreviver em meio a formatos repetitivos e cansativos.

Nesse embate de falta de opções, o telespectador se vê obrigado a participar de “entretenimentos” que em quase nada entretêm os seus horários de lazer, pactuando às vezes sem querer com atrações sem nenhum atrativo.


Tudo isso porque na corrida pelo o ibope o que vale é sair na frente, nem que para isso o espectador fique para trás. E são inspirados pela falta de inspiração que as emissoras nos bombardeiam com programinhas chinfrins e apelativos, que mesmo podendo possuir um nome de renome, ainda assim, conseguem deixar a desejar.

O perigo dessa triste iniciativa mora na falsa premissa de que qualquer indivíduo pode ser capaz de nos divertir, esquecendo que para isso acontecer é necessário que existam talentos natos incapazes de se permearem através das imperfeições dos outros.

Divertir um público não é tarefa para qualquer um, e só quem nasce com esse dom tem realmente o poder de teleguiar o seu público até no falso sábado.


domingo, 27 de maio de 2012

Oca celulite


Nunca vi com bons olhos quem costuma defender sua imagem a partir da deterioração da imagem do outro. Anular uma pessoa por ser diferente de você é comprovar a incapacidade de aceitação do seu próprio eu.


Quem é o dono da verdade para afirmar que determinado grupo é ou não é detentor de caráter por ter ou não ter excesso de gordura? Onde está implícita a relação entre formato do corpo e a conduta inadequada?


Ora! Quem parte desse pressuposto com certeza pode ser considerada uma “criatura” mal resolvida, que mesmo negando admitir também é capaz de provocar rótulos.


Não estou aqui para apoiar lados, porém, não considero justas afirmações de pessoas que se quer se aceitam; que para se sentirem mais “bonitas” também já fizeram uso de mecanismos capazes de desconstruir até sua própria imagem original.


É desconexo pensar que essas mesmas figuras que hoje julgam alguém por sua aparência também já tenham sido alvo das mesmas ignorâncias vindas de pessoas que nem ao menos olham para dentro de si.


Quem incita o ridículo manifesta apoio ao preconceito.


sábado, 26 de maio de 2012

Um diabo elegante


Viver, entender e se deixar transformar pela moda são um dos questionamentos do longa-metragem “O Diabo Veste Prada”.



A comédia um tanto quanto elegante que foi dirigida por David Frankel centra sua trama na personagem Andy Sachs (papel da simpática Anne Hathaway de “O Segredo de Brokeback Mountain”.), uma recém-formada jornalista que consegue um emprego na revista “Runway”, considerada uma das mais importantes publicações do universo fashion.



Tendo como chefa a personagem Miranda Priestly (papel da poderosa Meryl Streep de “Julie & Julia”), Andy começa a levar uma vida profissional além de sua carga horária; dando início assim aos seus maiores tormentos, e às nossas maiores gargalhadas graças aos pedidos sem noção da tal mandachuva.



À medida que o filme evolui nossa heroína também acaba mudando; traços esses que podem ser notados não só na sua aparência mais também em sua vida pessoal, que acaba sendo sufocada frente ao seu crescimento profissional, o que acaba evidenciando uma realidade muito comum por quem (sem perceber) se deixa levar pelas exigências do mercado.



Com uma trilha sonora que vai da ousada Madonna ao som marcante do grupo U2, essa deliciosa comédia consegue focar o lado sério da moda sem precisar ser clichê, provando assim o charme e o bom gosto de conteúdo desse irresistível e diabólico filme.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Peões decadentes


Provas variadas, intrigas e muita emoção morna são um dos integrantes que vão fazer parte do reality mais decadente da televisão brasileira.


Conduzido por um apresentador previsível e carregado de celebridades sem nenhum talento, “A Fazenda” volta mais uma vez para tentar esquentar a chaleira, e principalmente a paciência do público com pseudo-artistas, que incapazes de sobreviverem do que acham que sabem fazer vão querer a todo custo mostrar aos telespectadores um carisma pra lá de inexistentes e sem nenhum glamour.


Incrivelmente em sua quinta edição, essa atração que nada atrai a ninguém vai obrigar pobres seres da natureza a ter que conviverem com os chiliques dos verdadeiros animais irracionais, que rodeados de câmeras vão pensar que estão até hoje ainda em evidência.


Com tantas caras e bocas forçadas não vai ser difícil achar nesse programinha de grego um grande talento no meio da bicharada.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bola murcha


Brasil: país conhecido pelo incrível carnaval, pelas mulheres espetaculares, e pelo futebol de arte. Esses títulos deram à nossa terra um status que até hoje é motivo de orgulho para todos aqueles que completam essa nação.




No entanto, uma dessas simbologias corre o risco de ter sua imagem manchada em virtude da falta de planejamento de um grupo de “torcedores”, que sem amor algum ao seu “time” de origem, podem acabar colocando em risco toda uma tradição construída há anos com muito suor e dedicação.


É lamentável assistir de camarote a jogada mal ensaiada de uma cúpula que insiste em “vestir a camisa” às avessas de um evento, que por sua grandiosidade, é capaz de mobilizar o mundo inteiro.


Faz-se necessário compreender que tempo é dinheiro; que não temos todo o tempo ao nosso dispor para encararmos com tamanha naturalidade o descaso frente aos 73% das obras já construídas somente nas mentes daqueles que nada entendem sobre essa paixão nacional.


Faltando apenas dois anos para inúmeras bolas começarem a rolar nos doze estádios desse nosso Brasil é preocupante pensar que quase nada ainda foi feito desde o anúncio oficial de nossa entrada no maior evento da Terra.


É vergonhoso imaginar que com o “andar da carruagem” nós poderemos ser expulsos de nosso próprio campo antes mesmo do jogo começar.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Espetáculo de fantasma


Pagar para ver um astro que já se foi. Essa é a ideia do espetáculo “Elvis Presley in Concert” que recheado de grande iluminação, efeitos sonoros, e com uma banda que acompanhava o “rei do rock” vem trazer para o Brasil no segundo semestre deste ano.

Nesse show do outro mundo, Elvis (que não morreu pelo menos nesse palco) vai mostrar toda a sua performance no melhor estilo fantasma, e promete (acredite se quiser!) até conversar com quem estiver presente no evento.


Quem quiser conferir o que não vai conferir de fato vai precisar desembolsar uma média de quatrocentos reais para assistir de “perto” quem está tão “longe” há quase trinta e cinco anos.

Com tanto fanatismo e impressões impregnadas sobre tal show vale a pena repensar se vale a pena mesmo investir tão caro para nem ver em “carne e osso” quem nem está mais aqui de verdade.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Cheios de charme


Não há menor dúvida que entre os produtos que já foram criados no Brasil, a novela é o que possui o maior destaque. Conhecida por suas grandes produções, esse entretenimento faz sucesso não só entre os espectadores do lado daqui, como também entre os “noveleiros de plantão” do resto do mundo.





Desde a exibição do primeiro folhetim na década de cinquenta até os dias atuais, muita coisa já mudou na teledramaturgia brasileira. Foram progressos significativos que acabaram pontuando de forma positiva todos aqueles envolvidos nessa nova arte.



Com temas polêmicos, tendências na moda e comportamentos diferenciados, as nossas produções sempre buscaram acompanhar a evolução social, política e financeira de nosso país. No entanto, no meio de tanta transformação há de se perceber que foi mantida, e por vezes até atrofiada a imagem de determinados grupos de seu próprio povo.




Digo isso, pois desde que me entendo por gente nunca assisti nenhuma novela onde o nordestino não fosse caracterizado como alguém grosso, burro, violento e desbocado.



Sem contar no velho modo de falar que esses repetitivos caricatos personagens insistem em se apresentar toda vez que são mencionados na trama. É como se um nordestino do Ceará fosse exatamente igual ao nordestino de Pernambuco, e assim seguisse no mesmo padrão todo o resto dos demais estados do nosso Nordeste.


Esse tipo de imagem que a televisão recria erradamente sem perceber coloca em risco toda a verdadeira cultura e costumes enraizados de nossa gente. E o que é pior: ela nos impede de nos vermos, e sermos vistos também como seres educados, inteligentes, pacíficos, e acima de tudo capazes de conseguir manter um bom nível de conversa sem precisar apelar para um linguajar xucro.


Construir personagens estereotipados não garante sucesso em horário nobre, mas alimenta preconceitos de visões distorcidas de quem se quer sabe entreter seu próprio público.