terça-feira, 8 de maio de 2012

A cor racista

Já dizia Nelson Rodrigues: “toda unanimidade é burra!”; e tão certa quanto esta frase é a aplicação da mesma dentro do nosso cotidiano, ação esta que acaba nos deixando ainda mais passivos de ação quando repetimos velhos conceitos.


É ignorante pensar que a maneira como falamos, agimos ou queremos nos reportar sobre alguma coisa pode vir a concluir juízos de valores que só existem mesmo na esfera de mentes deformadas daqueles que ainda não se aceitaram.


Medir palavras ou gestos só porque outro indivíduo que não conseguiu ainda resolver suas próprias diferenças, suas crises de identidade, ou o que é pior, não conseguiu se aceitar como ser atuante na sociedade, e por isso mesmo necessita anular aquele que é bem resolvido, é um crime bem pior que divulgar falsas interpretações de trabalhos de artistas que se valem de sua mesma etnia.


O racismo não mora numa cor, o racismo não mora em estereótipos (sejam eles por meio de fantasias de gorilas ou das bananas que acabam representando estes mesmos gorilas); o racismo mora na mente daquele que se diminui, e infelizmente não é o branco ou o índio que diminui o negro, e sim o próprio negro, que fragilizando o seu raça, põe em risco o respeito de sua própria história e cultura.


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