Cantar a poesia do mundo nordestino com um toque
refinado do teatro. Esse era o trabalho magnífico do grupo Cordel do Fogo
Encantado, que estreou no entretenimento no ano de mil novecentos e noventa e
sete, ainda na cidade pernambucana de Arco Verde.
Formado pelos músicos Lirinha, Clayton Barros,
Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida, o Cordel do Fogo Encantado ganhou
projeção nacional quando decidiu declamar versos seus, e de outros escritores
da literatura brasileira usando como fundo de inspiração a sonoridade de
instrumentos como o violão e o tambor, que fizeram com que conquistassem a
todos que assistiam às suas apresentações únicas e antológicas.
Caracterizado pela fusão de ritmos como o reisado,
toré, samba de coco e afro, essa banda que chegou ao fim em fevereiro de dois
mil e dez lançou três memoráveis álbuns; frutos esses que beberam da fonte de
artistas como Chico Science, Nação Zumbi, Mundo Livre S.A., e Naná Vasconcelos,
do qual foi responsável pela produção do primeiro disco intitulado “Cordel do
Fogo Encantado”.
Mesmo atuando no cenário independente, a banda
pernambucana soube projetar muito bem a sua evolução artística, e por conta
disso conseguiu se lançar no mercado internacional tendo a Bélgica, Alemanha e
a França como os países com a maior receptividade musical, provando dessa forma,
que quando existe arte com conteúdo não há limites geográficos que os separem
de seus verdadeiros admiradores.
Com tanto fogo poético vale a pena se queimar nesse
turbilhão de canções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário